segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Perdas, choro e a violência do trânsito - Por que assistir um vídeo chocante?

De repente você se foi,
E o silêncio gritava seu nome
Sem que o pudesse ouvir

De repente a noite perdeu o brilho
Sua estrela havia partido
Não se sabe ao certo
para onde no breu
minha luz contigo se perdeu.

Não sou bom com as palavras,
Mas tento organizá-las
Em um começo e fim
Para tê-la de volta pra mim.
(Bruno Massi - 03/09/2009)

Não conhecia as estudantes Adriele Farias Oliveira, 19 anos, Érica Oliveira da Silva, 20 anos, que morreram em um trágico acidente de carro ocorrido na madrugada de domingo (13) em Porto Velho (RO), mas fiquei chocado com a ocorrência das mortes. Não sei, mas em uma daquelas estranhas coincidências provocadas pela ocasião eu tive um momento de reflexão e choro na sexta-feira (12) quando assisti a um vídeo produzido por uma instituição australiana, a TAC (Transport Accident Commission), que é uma Organização Não Governamental que foi criada especialmente para pagar despesas médicas e outros serviços para pessoas que se ferem em acidentes automobilísticos (o que inclui, atendimento em hospitais particulares e/ou públicos, tratamento pós-trauma como fisioterapia e medicamentos). Essa ONG se empenha em realizar campanhas de alerta e educativas viscerais sobre acidentes de trânsito. Pois é, ela comemorou 20 anos de atividade e reuniu em um vídeo cenas e trechos de dezenas de vídeos de campanhas educativas e junto com a música “Everybody Hurts”, da banda R.E.M., fez um um VT violento, emotivo, catártico, pavoroso e verdadeiro. Confesso que nunca havia visto tanta dor, tristeza e medo em ações, movimentos e atitudes tão próximas e comuns à todos, o que, no caso, se trata do trânsito.

Acidentes, mortes, perdas em vários aspectos emocionais, mas principalmente a violência do ato, o choque dos familiares e amigos, é tudo tão verdadeiro, cruel, que é difícil não chorar. Para quem teve parentes ou amigos mortos em acidentes automobilísticos as sequências seguem um crescendo cronológico esperado, mas não tão fácil de suportar. Perdas são irreparáveis, ainda mais de vidas tão próximas.

Fiquei consternado pelos familiares das estudantes mortas no acidente e pela violência com que ocorreu o fato. Seria cruel da minha parte tecer julgamentos sobre culpa e lições a serem tiradas. Mas eu só peço àqueles que estiverem lendo esse texto, seja prudente e responsável com a sua vida (e a dos outros também), assista ao vídeo que coloquei aí embaixo e compreenda que o tempo segue em frente e não retorna (infelizmente) para que tenhamos que consertar os erros. Que Deus console as famílias.

Um momento de reflexão, por favor: