sexta-feira, 5 de setembro de 2008

SEMIÓTICA DE UMA FOTO DO CIRCO LEGISLATIVO DE RONDÔNIA


Um terreno que pertencia ao Exército, localizado entre as avenidas Farqhuar com a Presidente Dutra, próximo ao Senac, foi adquirido pela Assembléia Legislativa do Estado de Rondônia para ser a futura sede do poder legislativo, com a graça do sortilégio do destino (eita, caprichei agora), o maravilhoso circo do ator Marcos Frota veio à Porto Velho, onde levantou suas balizas e lonas no mesmo espaço, cedido para a breve temporada.
Faça uma análise semiótica da foto abaixo e viaje na maionese comigo - EXISTE OUTDOOR MAIS ESCLARECEDOR QUE ESSE? (Aumente a foto e veja o que está escrito).

(Agradecimento à Géri "Karamujo" Anderson)




quinta-feira, 4 de setembro de 2008

REGISTRO NOSSO DE CADA DIA – O “METEORO” NO ESTADÃO


Não sou muito entusiasta de ficar apontando defeitos, deslizes, mal-acasos, furos e foras da nossa imprensa local, mas ao me deparar com a capa “cinematográfica” do considerado “o maior” e “melhor” jornal impresso de Rondônia, “O Estadão do Norte”, dessa quinta-feira (03/08/2008), não pude evitar de verificar o surrealismo da coisa. Na capa a manchete em letras garrafais aponta que “‘Bola de Fogo’ corta céu de Porto Velho, diz Sipam”, com a foto de um suposto “meteorito” que tinha cruzado o céu.

Bom, o jornal eletrônico Rondoniaovivo.com já havia feito o registro de tal fato há mais de dez dias utilizando a mesma foto, que foi retirada do Google, através de seu banco de imagens, que aponta que a foto está postada no site www.okraken.com. A confirmação do Sipam veio um tanto tarde e merecia uma nota ou uma matéria fria do matutino, mas não uma capa tão escaldada e que já havia sido utilizada com melhor impacto no jornal eletrônico, pois até um vídeo do Youtube foi aplicado na matéria digital.

Depois criticam a mídia digital em detrimento da mídia impressa, com acusações inclusive de que ela não pauta os jornais impressos. Um absurdo, pois o que consta é que ambas as mídias podem trabalhar de forma independente, mas não deixa de ser mais imediata e quase instantânea a internet, com apurações decorrentes em tempo real, publicando suítes de um fato – de acordo com o seu grau de importância (operações da polícia federal, no caso, geram essa possibilidade). Ou seja, o que você vai ler amanhã no impresso, pode ler agora no seu monitor, e, sim, pautando a mídia impressa em muitos momentos.

Voltando à matéria do Estadão do Norte, tudo aquilo que foi apontado pelo Sipam, conforme o texto, os leitores/internautas que leram a matéria no Rondoniaovivo.com já haviam explicado (basta conferir os comentários), ou seja, não havia novidades. O negócio é a CAPA, será que com tanta coisa acontecendo no Estado, o nobre matutino não tinha coisa melhor para colocar?

terça-feira, 2 de setembro de 2008

A pior aventura de Batman em dois volumes



O meu herói favorito da DC é o Batman, ele só perde por uma leve brisa para o Homem Aranha, da Marvel, como o meu predileto em todos os tempos, e confesso que o fato da editora Panini – que detém os direitos de publicação no Brasil das duas maiores editoras norte-americanas – publicar “Batman – A Queda do Morcego” é algo somente para fãs masoquistas do personagem. De longe foi a pior coisa que eu li do “homem-morcego”.


Não desmereço o trabalho do principal desenhista da saga, Jim Aparo, uma referência clássica da DC, mas o roteiro da dupla Chuck Dixon e Doug Moench é lapidar em mostrar a desconstrução de um ícone com o pior dos argumentos e uma conclusão visivelmente maniqueísta e marqueteira.


Acompanhei as aventuras quando foram publicada pela Editora Abril ainda em formatinho em duas revistas, a de Batman e outra criada só para tal – nos Estados Unidos essa saga foi publicada nas revistas Batman #491 a #497 e Detective Comics #659 a #663. A conclusão do arco, que fez relativo sucesso, foi lançada em um almanaque especial, com o vilão da história, Bane, espancando Batman como se fosse um cachorro doente (em longas páginas, com Bruce Wayne expondo a sua identidade, com o uniforme todo rasgado, ossos partidos, o rosto parecendo uma pasta de carne amassada), depois partindo a sua espinha e jogando o herói de um prédio, numa conclusão anticlimática total (que me perdoem os fãs de tal acinte, mas para mim, um total absurdo).


Tão polêmica quanto a história que mostrava Batman paralítico após ter a sua espinha partida foi ver que o ele tinha um substituto que o vingaria, Azrael - que posteriormente espancaria Bane, com um uniforme do "morcego" ultra-tech, cheio de apetrechos tecnológicos (ridículo, descaracterizaram totalmente o personagem).


A história mostra o que aconteceria se Batman tivesse que enfrentar os seus piores inimigos de forma seguida, sem descanso, em combates mortais. Pois a trama urdida por um vilão astuto que espreita o “homem-morcego”, Bane, é levar o herói a fadiga total para que depois ela possa humilhar e derrotar o seu inimigo, expondo a sua figura pública à comunidade de Gothan City, provando que a metrópole está sob o seu comando.


De Coringa e Hera Venenosa, passando por Crocodilo, Charada, Zsasz e Espantalho, Batman é levado além do limite sobrehumano, quase morrendo algumas vezes e sofrendo ferimentos que iriam minar suas forças e afetar o seu psicológico. Não adiantou nem mesmo o maior detetive da DC utilizar de todos os artifícios possíveis para sobreviver a tamanha carga de stress para deter os criminosos, pois a cada capítulo da saga ficava óbvio que o plano de Bane era derrotar Batman de forma covarde.


Porém, na época Batman vinha de uma crise criativa que afetava as vendas da revistas, em contraponto ao sucesso com “A morte de Superman”, arco caça-níquel que elevou as vendas do “azulão” quando o filho de Krypton morreu em combate contra Apocalipse (Doomsday). Algum editor “genial” lançou a idéia de que, já que Superman morreu (para ser ressuscitado posteriormente em outro arco de sucesso, na época), porque então não aleijar o Batman, deixando-o paralítico por um tempo até que em uma aventura posterior, de forma milagrosa, o herói de Gothan voltaria à ativa. Pois é, mais “caça-níquel” do que isso, quase impossível, a não ser a fase fraquíssima dos X-Men na década de 90, com Scott Lodbel.


O encadernado “Batman – A Queda do Morcego – Volume 1 – Herói Quebrado” (formato americano, 276 páginas, R$ 36,90) foi lançado em agosto e pode ser conferido nas bancas, livrarias especializadas, ou ainda através de sites especializados. Como referência histórica de uma época de entressafra na vida do “homem-morcego”, vale conferir.

"Watchmen" corre o risco de não ser lançado? Será?



A 20th Century Fox iniciou o embaçamento contra a Warner Bros. em relação ao lançamento da adaptação cinematográfica de Zack Snider para a minissérie (denominada também de Graphic Novel), “Watchmen”. Segundo notícia do site Omelete na última sexta-feira (29), em audiência ocorrida em Los Angeles, as duas produtoras entraram num embate jurídico sobre os direitos de desenvolvimento, produção e adaptação da obra de Alan Moore e Dave Gibbons. A Fox argumenta que detinha os direitos sobre a obra antes da mesma ser passada para a Warner.


No atual estágio em que se encontra a produção, que tem a união de duas outras produtoras, a Paramount Pictures e a Legendary, já foram gastos mais de 100 milhões de dólares e a divulgação está a pleno vapor, com lançamento de trailer, exibição e entrevista coletiva de elenco e direção no recente Comic Con – o maior evento pop cultural do mundo, reunindo mídias de quadrinho, cinema, RPG e videogames.


Para os fãs da adaptação de quadrinhos (que já sentiram uma mostra no site oficial do filme) fica o temor de que o lançamento seja prorrogado ou ocorra algum “pepino” do gênero. O que esperar desse imbróglio entre produtoras que pode afetar o que, talvez, seja o grande lançamento nos cinemas em 2009?


Resta esperar e torcer.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Contagem regressiva para "Watchmen - O filme"


Ano que vem eu já tenho um filme visado e que deve ser o meu xodó, assim como foi "Batman - Cavaleiro das Trevas" esse ano, a adaptação feita pelo diretor Zack Snider do clássico dos quadrinhos da década de 80, "Watchmen", escrita pelo "monstro" britânico Alan Moore e desenhada pelo incrível Dave Gibbons. Lançada no Brasil pela primeira vez em 1987 em uma maxissérie de 6 edições (Watchmen/Editora Abril) - originalmente foi lançada lá fora em 12 edições. A HQ é memorável e apesar de ser lugar comum, foi a que melhor conseguiu transpor para a realidade, da sua forma, o que aconteceria se o mundo tivesse super-heróis. A premissa é fantástica, o desenvolvimento é laborioso e funciona como um quebra-cabeça, cujas peças não são aleatórias, mas tem sentido e se completam harmoniosamente.

O roteiro de Alan Moore é incrível, pois ele consegue dar vida aos personagens criando dramas individuais que almagamam entre si, num círculo de relações que tem o mito do herói como motivação para os personagens, que depois se completam em uma história cheia de reviravoltas, flash-backs (essenciais para contar as origens), interlúdios inesperados. A narrativa é de um crescento magnifíco, pois liga a morte de antigos heróis a uma conspiração que reúne alguns super-heróis, enquanto o Estados Unidos está a beira de uma guerra contra a antiga União Soviética - não esqueçamos que a série foi lançada antes da Perestroika e ainda havia o ranço da guerra fria americana/soviética. Os traços de Gibbons casa perfeitamente com a história, seja na distribuição cinética da ação ou nos enquadramento dramáticos - a distribuição das páginas é fantástica.

Pois é, e pensar que a HQ, que é uma obra-prima, parecia ser inadaptável para a telona. Pois o diretor Zack Snider que tem dois filmes bacaníssimos no currículo -
"A Madrugada dos Mortos" e "300" - a adaptação da obra de Frank Miller, "300 de Esparta", aceitou o desafiou e vem desde o ano passado filmando "Watchmen - O filme", com toda a pompa e circunstância que merece, ou seja, o diretor está seguindo rigorosamente as revistas, com detalhes minuciosos. Quem acessar o site oficial do filme pode acompanhar o desenvolvimento da produção, com os cenários, atores, figurino e ver representações de cenas que ficaram marcadas na cabeça dos fãs.

A mais completa revista de cinema do país, a SET, que eu não considero melhor e nem pior, mas a que possui mais diversidade de matérias e exclusivas, estará lançando quatro capas especiais referentes ao filme - que podem ser vistas aí embaixo, no site do filme (que proporcionou um merchand espetacular para a revista) ou ainda no blog do editor-chefe, o jornalista nerd Roberto Sadovski,
Kapow. O barato é ver que os personagens ganham vida nas fotos e deixam uma expectativa muito grande sobre o potencial do filme. O trailer é fantástico e já assisti inúmeras vezes.

Vale ressaltar que o trailer tranquiliza os fãs quanto a origem do personagem Dr. Manhatan (o azulão), considerado pelos fãs (o que me inclui) muito difícil sua adaptação para o cinema - porém com a evolução dos efeitos digitais, hoje ficou mais fácil e Snider apresenta uma amostra memorável do mais incrível super-herói dos Watchmen.

Confira as capas (e se o teor e as promessas do editor referente ao material a ser apresentado na revista corresponder, vale muito a pena):