Fim de ano é foda pra mim, pois parece que tenho uma necessidade básica de querer fazer um balanço de tudo que ocorreu comigo durante esse período que finda. Eu sei que esse foi um ano de dificuldades - logo no início -, de surpresas horríveis e maravilhosas. Mas foram os momentos intensos que ocorreram comigo na minha vida profissional que me propuseram a dar um passo adiante na rotina de comunicólogo. Se diante da empresa que ajudo a administrar e sou um organizador de pautas aprendi a tecer idéias claras sobre a função social que a minha profissão exige, apliquei de forma segura e sem arrependimento os princípios básicos que a informação necessita para ser clara e objetiva. Não que aplicasse a fórmula antes, mas diante das pressões e das barreiras à mim impostas tive que me sobressair com criatividade e empenho redobrado, por vezes sendo bruto, duro com as instituições que se cercavam e não permitiam que a informação fosse passada à comunidade como deveria. Mas o desafio do jornalista é este? Ou não? Claro que é. Investigar, apurar, checar e procurar a verdade, mesmo diante das dificuldades. E esse ano de 2009 foi brutal e um verdadeiro exercício de paciência e brilhantismo.
Nada, porém, é feito sozinho e uma equipe acirrada e compactuada no mesmo propósito acaba sendo precisa e ideal para um jornalista como eu.
Os momentos de impacto causados pela profissão a coloca à prova como uma questão de risco de morte. Seja no stress diário - ainda mais trabalhando com informação on line (em tempo real) - ou nos cuidados administrativos. Conciliar o empresário com o jornalista, digo, com toda força, é cruel e não é para muitos, mas o carinho e o amor que tenho pela profissão que abracei me faz caminhar para a luz da vida.
Presto atenção em tudo que acontece em minha volta. Seja pela curiosidade nata ou pelo simples fato de querer conhecer aquilo que me é desconhecido. Os desejos, gracejos, comportamento humano diante do conhecimento é uma paixão que tenho ao observar, apenas (eu tento, juro) observar. Admiro pessoas criativas, impulsivas, rebeldes e inconformadas, pois tudo depende do contexto social em que se enquadra, mas a natureza humana é uma só e ela busca apenas uma coisa: sobrevivência.
A rede social digital que permeia esse novo século como uma chave mestra da interação intuitiva entre as pessoas me trouxe experiências doloridas (na época da faculdade foi bem difícil) e outras maravilhosas. Engraçado como se aprende com os erros e o sábio não as comete três vezes, só duas (Hahahaha, piada interna do coração). Nesse ano eu tive o prazer de conhecer o Twitter e me apaixonei, literalmente, por essa ferramenta de interação social digital. Escrever 140 caracteres e concisar com extrema precisão seu pensamento, momento, neura factual, como um microblog que serve de consciência individual e coletiva (afinal você precisa de seguidores e seguidos) foi um achado muito importante. E olha que, por vezes, sou prolixo. Mas a importância que me trouxe o Twitter não foi me tornar apenas um navegante calmo por águas tranquilas. Tinha que fazer, acontecer e mexer. Sou um contumaz usuário e "fuçador" de informação digital e a ferramenta do passarinho me possibilitou sair da redação, do meu ambiente 6x4, cheio de computadores e informações a serem processadas, para abrir um caminho de desbravador.
Sempre olho com carinho para as pessoas que de alguma forma surgem e transformam a minha vida em algo mais palpável, em pura adrenalina. Graças a minha vida social na redes digitais e a frente de um jornal eletrônico (com informação on line, em tempo real) fui chamado pelo
@fredperillo a participar de um evento chamado
iNeo, onde um cara da qual sou muito fã, um tal de
@marcelotas iria mediar uma das mesas onde eu faria um debate sobre redes sociais. Fui sem estar com uma linha escrita, apenas com a experiência de vida, acadêmica e profissional, e falei com paixão das coisas que me motivaram a participar do evento. O segredo, no caso, foi ser sincero com as palavras e as motivações por que escolhi minha profissão, um estilo de vida e me tornei empreendedor. Sabe qual foi o grande barato? Falar para aqueles estudantes e profissionais da comunicação que sonhar é preciso, mas fazer acontecer um sonho demanda trabalho, aprendizado e dedicação. Minha últimas palavras na palestra foram: "Não se acomodem com o que está aí no mercado de trabalho quando sair da academia, criem. Gente, criem e façam acontecer, não se abatam diante das dificuldades, pelo contrário, adquiram forças e sigam sempre em frente".
Esse foi um momento onde me senti útil e um verdadeiro herói. Me perdoe a falta de modéstia, se assim a ver necessidade. Fui procurado depois, conversaram comigo. Parece que o mediador,
@marcelotas também gostou. Tanto, que fui mencionado inclusive no iNeo que ocorreu em Rio Branco (AC).
E o Twitter foi o causador de alguns dos melhores momentos da minha vida neste ano. Pude seguir e ser seguido por pessoas lindas (e outras nem tanto, uma minoria e que já mereceu o devido unfollow), que ainda estou aprendendo a conhecer e vivenciar. Mas eu pude desbravar uma rede onde circulava pessoas da mesma cidade e que poderiam trocar idéias, informações, links, referências literárias, musicais, acadêmicas e, por que não, de vida. Com essa interação pude conhecer através de dois eventos de suma importância gente notável e que usa a criatividade para viver. Não poderia deixar de participar dos #twittercontro II e III (não participei do primeiro, infelizmente) sem estar apto a trocar carinho e informação com gente inteligente, sagaz na busca de saber e conhecer. Rostos que eram avatares se transformaram em gente de carne e osso, que ri, brinca, conversa e dança. Mencionar cada uma delas aqui seria uma pretensão capaz de provocar injustiça - pois de alguma forma esqueceria de mencionar alguém. Mas posso falar das organizadoras
@Daianasouza e
@beediniz. Mandaram super-bem. Da mesma forma que elas foram precursoras do ETC_RO_AC, versão local. Que é o Encontro de Twiteiros Culturais, um evento que ocorre em diversos pontos do Brasil com a intenção de discutir e abrir um debate sobre o uso do Twitter na comunicação, como forma de uso tanto na mídia corporativa como extensor digital de informação. Aqui em Porto Velho o evento ocorreu simultaneamente com Rio Branco (AC) e foi muito bom. Apesar do pouco público a discussão proposta entre debatedores, no caso eu e o meu amigo, filósofo e professor
@vicentemarcal, e os presentes foi ímpar. A democracia da palavra foi presente e todos tiveram oportunidade de expressar suas idéias sobre o uso da ferramenta, possibilidades, limites e regras (existem, de fato, limites e regras?).
Foi um ano extraordinário, mas que serviu como uma espécie de embrião para algo maior e melhor para 2010. Sinto que a revolução proposta pelos agentes midiáticos da comunicação digital está aflorando a cada momento e, claro, como muitos, quero estar participando dela. Vejo gente amiga que se propõem a estar no pelotão de frente, a comandar uma massa dispostas a transformar e acontecer não só na rede social digital, mas na rede social do lugar onde habita e mora, seja com ações de cidadania ou de prestação de serviço. Informar é uma obrigação social e cabe ao agente da comunicação ter responsabilidade com o conhecimento que quer passar.
Em 2009 prestigiei meus velho amigos, fiz novos e perpetuei os meus amores. Tudo parece passar tão rápido e as oportunidade vão surgindo, se você não agarrar elas com unhas e dentes, pode perder o bonde da história andando e depois se arrepender. Faça por merecer aquilo que construiu, sem desrespeitar os princípios que acredita e agregue novas conquistas - entre elas, amigos.
Foi um ano de trabalho, muito trabalho e de partilha. Conhecer gente criativa e tão jovem, me deu a esperança de prosseguir a interagir com elas e aprender junto. Conhecer mais, como eu digo, nunca é demais.
Que venha 2010, com o propósito de alimentar a revolução que cresce a cada dia.
P.S.: Agradeço o carinho e a confiança da ("chuc chuc")
@Neumaoli, da
@carlinhamatos e da
@beediniz por permitirem que eu seguisse e tecesse comentários em seus blogs maravilhosos. Próximo post eu falo dos blogs que acesso.