sábado, 7 de novembro de 2009

Geral na netesfera - Miudezas II

NOTA TRISTE PARA O CINEMA NACIONAL

Logo que ligo o meu PC no início da manhã desse sábado (07/11) e entro na internet o portal G1 estampa que morreu o ator e cineasta Anselmo Duarte. Triste coincidência, mas na quinta-feira (05) foi comemorado o Dia do Cinema Brasileiro, e hoje se comemora o Dia do Cinema. Anselmo é responsável por um dos mais belos filmes do cinema nacional, "O Pagador de Promessas" (1962), baseado no texto de Dias Gomes. Até hoje o único diretor brasileiro a trazer Palma de Ouro em Cannes. A morte de Anselmo foi anunciada por um boletim da assessoria de imprensa do Hospital das Clínicas em São Paulo. Consta que o cineasta estava internado no hospital após ter sofrido um acidente vascular.

MATÉRIA NA TV RONDÔNIA

Na sexta-feira (06) gravei entrevista, junto com o meu amigo Humberto, para a TV Rondônia (Rede Globo) para falar sobre cinema. A matéria foi feita pelo Marcelo Winter e foi gravada no Cine Araújo, no Porto Velho Shopping. Bacana o espaço dado pelo Shopping e a recepção muito calorosa e atenciosa da assessora de comunicação, a Cristina. Eu adoro essas entrevistas, pois não tem roteiro e é tudo feito na hora mesmo. O repórter conversa comigo, anota alguns dados e vai criando uma escaleta. Tomada comprando ingressos, tomada entrando na sala de cinema, tomada assistindo o filme - força de expressão - (no caso "This is it- Michael Jackson"), depois conversa mais um pouco e elabora as perguntas. Na seca, liga a câmera e começa. Como eu já disse para pessoas queridas, falar de paixão é algo que corta minha timidez. Então, não foi difícil. Depois de gravar a matéria, eu e o meu amigo Humberto ficamos conversando rapidamente com a Cristina e ficamos falando de... Adivinha... Cinema, oras! A matéria vai ao ar no horário de meio-dia no programa "Amazônia TV" e estará integrando outra matéria com o cineclube CineOca, que prestará homenagem ao Dia do Cinema. Muito boa a iniciativa.

DICA DO JORNALISTA MAURÍCIO MUNIZ

O Maurício Muniz é um jornalista paulista que trabalha diretamente com cultura pop, quadrinhos, séries de TV, cinema, literatura e afins, eu sigo ele no Twetter e trocamos figurinhas vez ou outra - descobrimos que somos fãs de Carl Kolchak - o jornalista do sobrenatural, da série dos anos 70, "Demônios da Noite" -. Ele recheia os posts dele de dicas bacanas de quadrinhos e impressões de séries e filmes - por exemplo, ele detestou "2012", o filme apocalipse do ano. Eu comentei com ele que vindo do diretor Roland Emerich, não era de se esperar muita coisa não (mesmo diretor de Independence Day e Godzilla). Mas o barato é que já há algum tempo ele vem indicando o álbum "Fracasso de Público: Heróis Mascarados e Amigos Encrencados" (Box Office Poison, no original), de Alex Robinson, que pelo briefing que li no site Universo HQ, me parece ótimo. Ele pediu para RT (retwitar) o post do Universo HQ em que cita matéria sobre a obra no Twetter. Claro, fiz o que mestre mandou. Maurício agradeceu e se desculpou por abusar. Eu falei pra ele que não era abuso e que era fã dele desde os tempo da revista Wizard, quando era publicada pela Editora Globo, em meados da década de 90. Ele ficou sem graça. Ele escreve muito.


quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Notícias da imprensa local que ninguém comenta no Twitter

União libera R$ 98 milhões para combate a drogas em 18 estados; RO fica fora

Parece que em Rondônia não existem problemas com drogas, nem álcool. O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (3) um pacote de medidas que pretende ampliar a rede de assistência médica a usuários de álcool e drogas e a pacientes com transtornos mentais em 18 estados. Orçado em R$ 98,3 milhões anuais, o conjunto de ações prevê a abertura de 73 novos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e estabelece incentivos financeiros para internações curtas -- até 20 dias -- de pacientes em crise.

A distribuição dos centros pelos 18 estados foi ordenada pelo ministério segundo uma lista de 108 municípios prioritários do PEAD. Têm preferência os municípios com grande população, mas com baixa cobertura dos centros de atenção ou onde há hospitais psiquiátricos em fechamento. Em Rondônia, sequer existem hospitais psiquiátricos e mesmo assim o Ministério da Saúde ignorou esses dados.

Indústrias de produtos para limpeza são fechadas em Rondônia

Uma operação realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela Vigilância Sanitária Estadual de Rondônia na sexta-feira (30/10) apreendeu mais de 50 toneladas de saneantes (produtos para limpeza) sem registro / notificação em uma indústria de grande porte em Villhena, no interior do Estado. Outras cinco indústrias, que funcionavam clandestinamente em residências, também foram fechadas.

Medicamentos

A operação se estendeu às farmácias e à única distribuidora de medicamentos do município. Das 22 farmácias inspecionadas, 12 possuíam irregularidades como ausência de farmacêutico responsável e inexistência de Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE), de licença sanitária e da devida escrituração para medicamentos controlados.

Caso Expedito: Decisão de examinar sentença do STF foi tomada contra o voto de José Sarney

A Mesa do Senado, reunida na tarde desta terça-feira (3), decidiu enviar à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) o recurso impetrado pela defesa do senador Expedito Júnior contra a decisão do Supremo Tribunal Federal de cassar o mandato do parlamentar por abuso de poder econômico e compra de votos na campanha de 2006. A decisão foi tomada contra o voto do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

Base Aérea de Rondônia será contemplada com 12 helicópteros russos pelo Plano de Defesa Nacional


Tenente Bina, da assessoria de imprensa da Base Aérea de Porto Velho, capital do Estado de Rondônia, informou a reportagem na manhã desta terça-feira (03) que a Base será contemplada pelo Plano de Defesa Nacional com 12 helicópteros MI-35 de fabricação Russa, até o final do mês de Novembro.

Segundo o Tenente Bina, as aeronaves são equipadas com armas de grosso calibre e o seu principal objetivo é proteger o espaço aéreo da Rondônia, localizar e abater aeronaves do narcotráfico internacional que sobrevoam não só no Estado, mas também na Amazônia, pois trata-se de uma área estratégica de defesa nacional.

(O interessante sobre essa última notícia é que um jornalista deu a dica no Twitter na segunda-feira para quem quiser ver, mas somente um veículo apurou junto a Base Aérea de Porto Velho)

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Geral na netesfera - Miudezas I

MUNDO CANI I

Nada de novo, na terra (quase) sem lei. Um mototaxista morreu no domingo (01/11) atropelado por um motorista, supostamente embriagado que vinha dirigindo uma caminhonete. O fato ocorreu na zona Leste de Porto Velho. O detalhe é que o motorista é servidor do Estado. Até aí, a ocorrência de imprudência no volante parecia corriqueira. Outro detalhe, ele estava dirigindo uma caminhonete oficial utilizada pela Secretaria de Estado de Administração (SEAD). Deixa eu ver se entendi, servidor público do estado mata mototaxista com carro oficial de Secretaria do Governo do Estado. Que merda, heim... A notícia está AQUI.

LUA CHEIA

Noite de lua cheia me trazem ótimas lembranças de um dos mirantes da capital (RO). Vento vindo do rio Madeira, noite calma e pessoas conversando em mesas de bar. Nada de Calipso e Déja Vu nos carros de som, apenas calmaria e o barulho do burburinho. O tempo passa devagar e tudo parece eterno no sorriso lindo daquele que nos acompanha. É lua cheia.

BASTARDOS

O filme do Tarantino não sai da minha cabeça. Impressionante o como ele sabe conduzir uma história que parece reciclada de outras, mas que ainda parece original, novinha. Não resisti e fui assistir o DVD de "Pulp Fiction", continua brilhante. Na minha crítica sobre o filme já havia apontado que "Bastardos Inglórios" estava na minha lista dos melhores de 2009 e é verdade. Não considero o melhor Tarantino, "Cães de Aluguel" e o "Pulp..." ainda são meus preferidos, mas o cara é o nerd mais cinéfilo que o cinema já produziu.

LENDO

Comprei a edição do 3º aniversário da Rolling Stones Brasil, a matéria especial sobre as melhores músicas brasileiras de todos os tempos é um must. Listas desse gênero, como se sabe, foram feitas para serem contestadas e na próxima edição da RSB deve chover de e-mails com críticas e sugestões, afinal apontar "Construção", de Chico Buarque, como a melhor música brasileira de todos tempos, bicho... não sei. Ainda bem que a soporífera "Ana Júlia", de Los Hermanos, ficou com 100ª colocação.

LENDO II

Aproveitando a deixa voltei ao exemplar de outubro da Rolling Stones Brasil para ler, finalmente, a matéria sobre o fim dos Beatles. Matéria "do caralho", diga-se de passagem. Impressionante como os four fabs desgrigolaram sua relação com detalhes óbvios, ou seja, grana, superexposição e a piração do casal Lennon/Yoko Ono. Os meandros da separação dolorosa, cheia de egos partidos, brigas e interesses diferentes que derrubou a maior banda de rock de todos os tempos. Falar nisso continuo lendo em pílulas a biografia da banda, que tem quase 1000 páginas, escrita por Bob Spitz.

LENDO III

Se não bastasse ter lido um dos melhores livros quadrinhos do ano com "Retalhos", de Graig Thompson, estou me deleitando com a última obra do gênio Will Eisner, "O Complô - A história secreta dos Protocolos dos Sábios do Sião", que tem a introdução do historiador Umberto Eco. É uma pesquisa minuciosa e uma aula de narrativa de Eisner que rebate com propriedade uma das maiores farsas já propostas pelo czarismo contra os judeus e que Hitler utilizou como base para o extermínio de uma raça através do holocausto. Leitura com quadrinhos, como deveria ser feita pelos nossos historiadores. O livro/quadrinhos é da Cia. das Letras.

HELICÓPTEROS

Meu amigo jornalista Celso Gomes, da assessoria de comunicação do Tribunal Regional do Trabalho - 14ª Região, me informou pelo MSN que a Base Aérea de Porto Velho recebeu 12 novos helicópteros russos para "upar" nossa frota aérea. Vai rolar matéria no Rondoniaovivo.

ELEKTRA VIVE

Um dos maiores clássicos das histórias em quadrinhos acaba de ganhar relançamento, se trata de "Elektra Vive", um álbum de luxo lindamente escrito e desenhado por Frank Miller, que ainda estava no auge da criatividade, e pintado em guache pela sua esposa, Lynn Varley. Foi o fechamento que Miller queria dar a personagem que criou para as revistas do Demolidor na década de 80. Elektra Natchios havia se transformado numa assassina mortal e o grande amor da vida de Matt Murdock (o alter ego do Demolidor, o herói cego), até ser morta de forma chocante pelo assassino Mercenário. Na história Matt ainda está traumatizado pela perda brutal de seu amor, até que uma organização secreta, Tentáculo, consegue ressuscitar Elektra para ser utilizada como uma assassina mais letal, só que ela ainda guarda lembranças da sua morte e do seu amor. O relançamento é vital para fãs do personagem, mas também para quem gosta de obra de arte, cada página desenhada e pintada parece um quadro, cheio de detalhes e cores impressionantes. O melhor é que tanto a edição original quanto este relançamento está sendo feito no seu tamanho gigante (30 cm x 23cm), impresso em papel couche. Você pode conferir AQUI - E olha que tá barato, R$ 14,50.

domingo, 1 de novembro de 2009

CRÍTICA - “Bastardos Inglórios”, de Tarantino, periga ser um dos melhores filmes do ano


É notável o poder de manipulação e a inserção de referências cinematográficas na obra do diretor Cult/pop Quentin Tarantino, o seu mais recente filme, “Bastardos Inglórios” (Inglourious Basterds/2009) é um caldeirão referente as dois gêneros distintos, mas interligados pela comoção vingativa, os filmes de guerra e os western – nesse último, com dose maciça ao western spaghetti do mestre Sergio Leone.

“Bastardos...” é uma fita que homenageia um filme de ação italiano situado na 2ª Guerra Mundial chamado “O Expresso Blindado da SS Nazista” (Quel Maledetto Treno Blindato/1978), dirigido por Enzo G. Castellari, que por sinal faz uma aparição no filme de Tarantino interpretando a si mesmo. Mas é também uma variação do tema dos soldados norte-americanos que buscam vingança contra os nazistas e planejam um ataque suicida, como ocorre no clássico de guerra, “Os Doze Condenados” (The Dirty Dozen/1967), de Robert Aldrich.

Mas é na fonte dos western spaghetti que Tarantino tira suas melhores inspirações, desde a escolha da trilha sonora do maestro Ennio Morricone até a abertura belíssima do filme ao mostrar uma fazenda francesa, enquanto um homem corta lenha e ao longe, por uma estrada empoeirada se aproxima uma guarda nazista, que a primeiro momento não se reconhece, mas, logicamente, se sabe.

A música que toca ao fundo é do filme “O Álamo” (Alamo/1960), filme protagonizado e dirigido por John Wayne, mas o plano aberto e os cortes para close nos olhos, a expectativa e o campo como cenário parece saído de “Três homens em conflito” (Il Buono, Il brutto, Il cativo/1966) e “Era uma vez no Oeste” (C'Era Una Volta Il West/1968), ambos de Leone.

Dividido em blocos distintos, com capítulos e títulos, mas seguindo a ordem cronológica dos fatos que quer mostrar, Tarantino apresenta aqui uma liberdade grande do que não está na história e só ele consegue fazer um filme em que os fatos narrados são utópicos, por isso mesmo dividiu a crítica européia. Em Cannes o filme foi recebido friamente. Mas “Bastardos Inglórios” era o filme sobre a 2ª Guerra que Quentin Tarantino sempre sonhou em fazer e da sua forma, com citações referentes, com diálogos espirituosos e bem feitos, situações explosivas (literalmente) e com personagens difusos – perceba que o diretor é capaz de criar personagens inesquecíveis, mas apenas o suficiente para as situações propostas no filme. Proposital ou não, o diretor não quer que nos “apegamos” demais aos personagens, mesmo os ditos “mocinhos”, que são tão amorais quanto os seus antagonistas.

No filme, logo no primeiro capítulo, um oficial da SS Nazista, coronel Hans Landa (Christoph Waltz,em extraordinária atuação, roubando todas as cenas em que aparece), conhecido como “Caçador de Judeus”, vai entrevistar um fazendeiro francês, Perrier LaPadite (Denis Menochet), suspeito de ter escondido uma família judia. No encontro, Hans Landa, apresenta o seu poder de persuasão e raciocínio lógico para conduzir a conversa até onde ele quer, para obter sucesso na sua missão. É um feeling notável de tensão e expectativa. Desse momento nasce o estopim para um plano de vingança incrível contra o generelado alemão.

Depois somos apresentados ao grupo de soldados norte-americanos judeus liderados por Aldo Raine (Brad Pitt, careteiro, mas sem comprometer) cuja missão é matar o maior número possível de nazistas, das formas mais violentas que for, mas, principalmente, usando o “escalpelo” como marca registrada.

Tudo poderia cair no exagero e ridículo se não fosse o fato de Tarantino ter um poder de manipulação notável, como toda a sequência em que o próprio Adolf Hitler (Martin Wuttke) aparece, irado com a barbárie que vem disseminando os seus soldados pela tropa de Aldo Raine e assistimos através da narrativa de um soldado sobrevivente como age os soldados judeus - com um humor negro para poucos.

Mas é através de uma francesa judia, Mimiex/Shosanna (Mélanie Laurent), que gerencia um cinema , que se conhece o soldado alemão e herói da SS, Fredrick Zoller (Daniel Brühl), que fica encantado com ela, para depois convidá-la para um tenso encontro num Café onde ela fica conhecendo o cineasta Goebbels que dirigiu um filme propaganda para a campanha nazista de Hitler, intitulado “O Orgulho da Nação”, que usa como história o fato do soldado Fredrick ter matado quase 200 soldados inimigos ao ficar confinado por quatro dias no alto de uma edificação com munição suficiente para derrotar um exército. Por sinal Fredrick interpreta a si mesmo no filme de Goebbels.

O diretor do filme e o comando nazista decidem então lançar o filme no cinema de Mimieux, reunindo os generais alemães e até o próprio Hitler. Essa oportunidade é vista como uma chance única de acabar a guerra matando o próprio ditador. Com a ajuda de Aldo Raine e seus soldados a situação é perfeita para o que é chamado pelo comando das tropas aliadas de “Operação Kino”, explodir o cinema com todos os generais do alto comando nazista dentro. Para isso Aldo conta com a ajuda da atriz alemã e agente infiltrada Bridget Von Hammersmark (Diane Kruger, a Helena de “Tróia”). Mas, Mimieux, a dona do cinema elabora uma vingança ainda mais cruel, junto com o seu parceiro - um afro-descendente que é amante e projecionista -, em vista do sofrimento que passou ao ver toda sua família ser morta pelos alemães.

Expor todas as sequências de “Bastardos Inglórios” seria estragar também momentos incríveis, como a catártica e violenta cena do bar, ou ainda desconsiderar o ápice da vingança num final apoteótico, ainda que exista um epílogo irônico e perfeito.

O filme tem outras referências que faz a graça de qualquer cinéfilo. Basta dizer que no capítulo um além de Leone, a cena da porta aberta na sua conclusão é uma citação clara do clássico western de John Ford, “Rastros de Ódio” (The Searches/1956). A apresentação da personagem de Shosanna/Mimeux, no capitulo 3, é uma homenagem ao cineasta François Truffaut (um dos criadores da Nouvelle Vague francesa).

Em determinado momento do filme a música-tema de “O Dólar Furado” se integra a cena de forma precisa e harmoniosa. Tudo está bem para Tarantino que sabe casar catarse com referência, a despeito de qualquer maniqueísmo risível, mas é preciso, calculado e muito bem feito.

Entre as curiosidades do filme basta dizer que um dos soldados judeus de Aldo Raine é interpretado pelo cineasta Eli Roth (diretor dos trashes “Cabana do Inferno” e os dois “Albergues”), ele faz Urso Judeu Donny, que sempre usa um taco de baseball para matar os nazistas – ele tem uma sequência violentíssima no início do filme. Eli Roth é também o diretor responsável pelas cenas do filme “O Orgulho da Nação”, que é exibido no cinema para os nazistas.

Os cartazes dos filmes mostrados nas paredes do cinema de Paris são verdadeiros e servem para Tarantino homenagear alguns cineastas importantes da história do cinema, como: Clouzot, Anthonio Margheritti, Ulmer, Pabst e até a discutível, mas importante documentarista alemã Leni Reifensthal.

Mas vale ressaltar que apesar de todas as referências citadas e ainda outras que escapuliram, o filme funciona perfeitamente sem precisar saber delas, pois é incrível como Tarantino consegue reciclar à sua maneira velhas histórias e criar algo novo. Não é o retrato real dos fatos que fizeram da 2ª Guerra um dos momentos mais importantes do século 20, mas a maneira particular de como ela deveria ter sido para aqueles que acreditam em utopia e/ou buscam apenas diversão. Pode agradar uns e aborrecer os mais ranhetas, mas desde já, para mim, é um dos melhores filmes de 2009.

“Bastardos Inglórios” está em cartaz no Cine Araújo, no Porto Velho Shopping .

TRAILER