terça-feira, 8 de abril de 2008

Quem sabe o mal que se esconde no coração dos homens?




Era essa a frase que marcava um personagem pulp e que depois virou uma célebre HQ, O Sombra, mas é também um questionamento que permeia a minha cabeça nos últimos dias no que diz respeito a pequena Isabella, de cinco anos, que foi espancada e jogada da janela de um prédio.

A violência do ato justifica tamanha catarse provocada na população, não só pela barbárie, a covardia e desumanidade do ato em cima de uma criança. Tenho filhos, dois para ser exato, e fico sensível com a família, que de fato amava essa menina. Mas o grande lance em torno do caso gira no fato de que diante de fatos, relatórios periciais e especulações diversas busque-se uma solução final e puna o (s) culpado (s). A expectativa provoca a reação da busca do clímax final, a grande revelação: quem matou Isabella?

Pela versão esdrúxula do pai e da madrasta até as grandes redes de televisão, como a Globo e a Record, induzem uma campanha velada de que o pai tem uma gama de responsabilidade sobre o que ocorreu.

O Ministério Público diz que é cedo para apontar culpados, a Polícia, no entanto, é um pouco mais enfática em reduzir os seus suspeitos ao casal, o pai da criança e a sua madrasta, pois foram, em tese, as últimas pessoas a terem contato em vida com Isabella.

Longe de tudo, eu posso teorizar e tentar vagar em versões que me levem a compreender a razão de tudo isso. Ainda assim eu nunca vou entender, de fato, o mal que se esconde no coração dos homens.

Essa semana três grandes revistas de circulação nacional dispuseram matérias coerentes, factuais, com alternativas de textos desdobrados. O choque que cada texto transmite ao relatar o caso da menina Isabella é emocional, mas atento as investigações até a data de seu fechamento. Hoje ou amanhã a verdade se aproxima da revelação do que ocorreu naquela noite de 29 de março, um sábado.

- Quando o mal triunfa
Foto: O Globo

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